2 dias na Eslováquia: Bratislava (Parte I)


Eslováquia, país da Europa Central, que faz fronteira com países como a República Checa, Áustria, Polónia, Ucrânia e Hungria. A capital do país é a pequena e acolhedora Bratislava. Um país de independência recente, mas com um grande passado, repleto de história, castelos e monumentos.

A bandeira da Eslováquia é composta por três cores: branco, azul e vermelho, dispostas em listas horizontais, com um escudo também ele tricolor do lado esquerdo.
A bandeira da Eslováquia, tal como outras tantas, está associada a um movimento que ficou conhecido por Pan-eslavismo, um movimento político, social e cultural que ocorreu no século XIX. Este movimento teve como fundamento a unificação dos povos eslavos, e as cores do movimento ficaram conhecidas como cores Pan-eslavas (branco, azul e vermelho). O movimento foi defendido pela Rússia e procurava a união dos povos de origem eslava.

O brasão tem as mesmas cores que a base da bandeira, e é composto por um escudo que tem o desenho de montanhas a azul que representam o relevo existente na maior parte do território eslovaco, com o fundo vermelho e a "Cruz de Lorena" em branco (ou prata), que representa poder e protecção.

Uma Curiosidade!!
As cores do movimento são muitos usadas nas bandeiras dos países de origem eslava, tal como, Rússia, República Checa,  Croácia e Eslovénia.

Em relação, à capital, a pequena Bratislava, fica junto à fronteira com dois países, Áustria e Hungria, sendo também ela ponto de passagem do importante rio Danúbio. Assim, como a maior cadeira montanhosa da Europa, as Montanhas dos Cárpatos, também marca presença por estes lados. 
Esta cidade de recantos e encantos , conta com universidades, museus, teatros, jardins, assim como uma grande variedade de atracções que fazem as delicias de quem a visita 🤩👌

Como ir?

Como ir foi a parte mais fácil. Pesquisámos voos entre Budapeste e Bratislava, mas apareciam sempre factores que não estavam do nosso agrado. Os voos entre as duas cidades não são diretos (pelo menos não encontrámos informação no site em que costumamos pesquisar os voos!), são voos caros, não menos de 100€, sem contar com a chatice de ir até ao aeroporto, esperar, voar, aterrar, ir até ao centro da cidade, bláblábláblá... opção amiga da carteira e mais rápida passa mesmo pela empresa Flixbus, na qual consegues bilhetes bastante em conta, o nosso ficou a 7,99€ por pessoa, sendo que no autocarro tens wi-fi, tomadas para carregar o telemóvel, e são bastante confortáveis. A viagem durou apenas 2 horas e 40 minutos, fez-se muito bem, e o tempo passou num instante... que mais podes querer?! Sinceramente, se queres um opção bastante viável e low cost para conhecer a Europa, viaja de autocarro, seja com esta ou outra empresa... 


O que fazer?

- Dia 1 -

Este primeiro dia teve as suas aventuras... e tudo começou no autocarro. A Rafaela estava quase sem bateria no telemóvel e decidiu utilizar as fichas do BUS para carregar o mesmo. Não sei se por causa do frio ou pela voltagem das tomadas, o telemóvel ficou meio louco ainda no inicio do caminho de descoberta do apartamento, começa a  ir dos 70% aos 0% em segundos e desliga-se. Na estação não encontrámos nenhum mapa, e a folha do nosso roteiro que tinha o caminho, ficou esquecida. Ou seja, ficámos completamente às aranhas, sem mapas e sem telemóvel.
Na cidade existem alguns placards gigantes de "você está aqui" e tentámos orientar mais ou menos a nossa rota... Até que...quem tem boca vai a Roma, ou neste caso a Šancová😅. Começamos a falar com as pessoas. Não sei se já repararam mas a maioria das pessoas não sabe o nome das ruas. Se te perguntarem onde é o Ritz de Lisboa, consegues dizer que fica perto do Marquês de Pombal... mas se te perguntarem como ir para a Rua Rodrigo da Fonseca, talvez já hesites ou mesmo digas que não sabes, quando na realidade esse é o nome da rua do Ritz. Por isso,  um obrigada aquele senhor com um inglês perfeito e à mãe de gémeos que mesmo sem bateria no telemóvel (também?!) conseguiu ajudar-nos.

Depois de nos acomodarmos, e finalmente na posse de um adorado mapa da cidade, aproveitamos a tarde para conhecer o centro da Bratislava. O primeiro ponto foi a Porta de S. Miguel. Da antiga muralha que defendia a cidade, esta é a única porta de entrada que foi preservada. A sua construção data do século XIV e era a porta usada por pescadores para entrarem na cidade e vender os seus peixes. 


Ao andares na rua em frente à Porta de S. Miguel, a Michalská (esta mesma rua da fotografia), olha para o chão. Vais encontrar umas medalhas douradas com uma coroa no meio. Elas indicam o caminho que o recém coroado rei fazia. 


Nesta altura deixamos-nos perder um bocadinho pelo centro histórico, a apreciar as fachadas das casas e as bonitas ruas. Quando reparámos estávamos na Praça Hviezdoslavovi.
Hviezdoslavovi é uma enorme praça nomeada em homenagem ao maior poeta eslovaco, Pavol
Országh Hviezdoslav, cuja estátua se encontra no centro do local. Nas fotografias que vimos, havia uma fonte em frente à estátua...mas hoje essa parte estava tapada (talvez por ser inverno... havia uma série de chafarizes e fontes que estavam fechadas ou tapadas).


Perto da Praça, meio que escondida nas ruelas do centro, está a Catedral de São Martinho.
Com os seus 85 metros de altura, a Catedral de São Martinho é a maior e uma das mais antigas igrejas de Bratislava. A torre possui no topo uma coroa verde e dourada de 8 quilos de ouro puro! Consta que, na altura em que Budapeste estava cercada pelos turcos, os réis húngaros eram aqui coroados.


Giro são os desenhos nas paredes!
E quem nunca viu ou ouviu falar das famosas Estátuas da Bratislava?!

Na esquina da rua Panská com a Laurinská fica a estátua mais famosa de Bratislava, a Estátua Cumil. O homem que sai de uma tampa de esgoto para observar a rua. Há teorias sobre esta estátua...nós achámos piada à que diz que ele estava ali para poder olhar por baixo das saias das moças.


Napoleonic soldier (Napoleónec) – A estátua de um soldado do exército de Napoleão,
em memória e comemoração do cerco de Bratislava em 1805 e 1809. Reza a lenda que este soldado veio com a tropa até a capital da Eslováquia, mas decidiu não partir com ela, porque se apaixonou por uma rapariga local 😍.

A estátua de Hans Andersen, um escritor dinamarquês, autor dos contos infantis, “Soldadinho de Chumbo”, “Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, entre outros, cercado por personagens dos seus livros.

Mesmo à entrada da Praça Hlavné, temos o Schöne Náci – Um excêntrico morador de Bratislava, que extremamente simpático, cumprimenta todos que passam.


E por falar em Praça Hlavné... esta é a praça principal da Bratislava. A praça é bastante grande e os edifícios que a rodeiam são realmente bonitos. No centro da mesma, está a Fonte de Rolando. A fonte é famosa e um marco importante na história da cidade, pois foi construída em 1572 a mando do rei Maximiliano II, como forma de fornecer água à população.


A uns passinhos da Praça Principal, temos a Praça do Palácio dos Primados. Este palácio de estilo neoclássico foi construído no século XVIII. Foi aqui que os imperadores franceses e austríacos assinaram o Tratado de Paz de Pressburg após a vitória de Napoleão na Batalha de Austerlitz.

Infelizmente houve um sitio que queríamos muito ter visitado e não conseguimos: O Mercado Velho. (Não tivemos sorte em encontrá-lo aberto... 😫😢)


Construído em 1910 de acordo com um design eclético de František Nechyba, este foi o primeiro mercado coberto na Bratislava. (podes consultar o programa do mercado aqui)
Em frente do edifício do mercado está a fonte The Lion with Coat of Arms. A fonte foi montada a partir de partes de uma fonte mais antiga e renovada em 1937. Perto da fonte, sob um dossel de vidro, podemos observar as ruínas da capela de Saint James (século XI). 

O sol dá lugar à noite e chega a altura ideal para ver a famosa Ponte SNP (também conhecida como Ponte UFO ou Nový Most).
A ponte SNP tem um comprimento total de 430,8 metros, uma largura de 21 metros e um peso estimado em 7537 toneladas. Foi construída nos anos 70 e foi considerada uma das construções mais modernas do mundo na altura, pois ser uma das primeiras pontes estaiadas (sustentada apenas por cabos ligados a uma torre). 
O nome UFO não é à toa. UFO é a sigla inglesa para Unidentified Flying Objects (Objetos Voadores Não Identificados). No cimo da torre que suporta a ponte, existe uma cabine gigantesca em formato de OVNI, daí o nome e a controvérsia sobre esta ponte.

E digam lá se o nome não lhe assenta como uma luva:


É possível subir à torre e ter uma vista panorâmica da cidade. O bilhete custa cerca de € 7.5. 
(Sinceramente.... não vale a pena gastares esse dinheiro... no 2º levamos-te a sítios com uma vista igualmente brutal sobre Bratislava)

Para os mais aventureiros, mas apenas quando as condições climatéricas estiverem favoráveis, é possível fazer Skywalk na torre! Consulta este site para mais informações.


Onde comer?

Apesar de a Eslováquia não ser conhecida pela gastronomia extraordinária, decidimos comprovar por nós mesmas se isso é, realmente, verdade.
Depois de algumas pesquisas, optámos pelo Slovak Pub
Escolhemos um prato que tinha três variedades da gastronomia eslovaca, todos surpreendentemente saborosos. Para beber escolhemos a famosa bebida típica por aquelas bandas, a Kofola, que se revelou muito agradável ao palato, muito semelhante à famosa Coca-cola, mas com um toque mais caramelizado. E com esta iguaria eslovaca, ficámos que nem umas abadessas e seguimos a pé para casa.



Dica: Nos supermercados LIDL tens Cafés, Capuccino, Chocolate quente a € 0.50

No próximo post falamos-te sobre o nosso segundo dia na Bratislava e onde ficámos acomodadas.

Até lá lembra-te: You just need two feet and a heart beat... you can go everywhere



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