Truques e dicas para viagens multi-destinos



Antes de partilharmos convosco a nossa última aventura, pensámos que seria importante mostrar aquilo que temos em linha de conta quando organizamos uma viagem com vários destinos, e ainda mais complexo será uma viagem que chegue a vários países. 
A nossa última aventura durou 9 dias (20/02 a 28/02), e incluiu 4 cidades de 4 países diferentes. Curiosa/o?!?! Por onde andámos?! Pois bem, Budapeste na Hungria, Bratislava na Eslováquia, Brno na República Checa e Viena de Áustria. 
Com tanto a percorrer, com alguma logística à mistura, escolhas inteligentes e uma boa gestão de tempo e financeira, tudo se fez sem qualquer percalço no caminho. 
Deixamos desde já a informação que o nosso conceito é muito à base de viagens em conta e sem fugir muito ao orçamento... Por exemplo, a viagem que te falámos acima ficou a cada uma de nós em 375€, desde voos, estadia, alimentação, deslocações internas, etc.
Vamos lá falar daquilo que interessa...


_ Escolha da data para as férias_

Se tiveres facilidade e flexibilidade para marcar férias sugerimos-te que marques férias em épocas ditas baixas, todos os períodos que não sejam festivos e que encarecem as viagens quer nos voos, quer na estadia.
Atenção! Vão dizer-te que não é boa altura, que vai estar frio, que patáti-patátá, não ligues a isso! Se o teu objectivo é viajar tanto quanto puderes tens de ser flexível em relação a alguns pormenores.
Depois de teres a data da tuas merecidas férias pensa no destino que gostarias de ir. Nós, por norma, começamos a agilizar as coisas para as férias cerca de 3/4 meses antes da viagem. Os motores de busca (momondo, Booking, etc)  tem uma margem temporal larga por isso não há nada que te impeça de começares a planear as coisas com calma. Sabemos que também poderás ter vantagens se pesquisares aqueles voos de ultima hora, mas aí terás que te sujeitar ao que reina no mercado... Independentemente da tua escolha no fim vai compensar-te...


_Escolha dos destinos, roteiro e deslocações_ 

Depende muito dos gostos de cada um, mas consegues viagens muito acessíveis para cidades europeias na "época baixa", enquanto que para outras cidades já fica mais "carote" 😜, nesses casos tens de estudar o percurso a fazer de maneira a ser fazível sem entrar em custos desnecessários. 
Por exemplo, quando estávamos a preparar estas férias, testámos os preços dos voos a partir de Lisboa em direcção a Budapeste ou Viena, e percebemos que conseguiríamos reduzir os custos se voássemos para Budapeste numa companhia low cost
E para deslocar entre cidades/países?? Como são países vizinhos, procurámos as soluções de avião, comboio ou autocarro... E o autocarro venceu! Viagens mais baratas e com facilidade de acesso. Usámos a rede de autocarros Flixbus, comprámos online para os dias e horas que pretendíamos e sem grandes stresses ou preocupações.
A viagem resumiu-se em voo Lisboa - Budapeste (escala em Londres - companhia aérea Ryanair), Budapeste - Bratislava de autocarro, Bratislava - Brno de autocarro (e vice-versa), Bratislava - Viena de autocarro, e o regresso foi feito para Lisboa através da TAP.
Tudo isto ficou na módica quantia de 158€ 👌🤩

Dica: quando escolhemos um voo, viagem de autocarro, barco, etc, temos sempre em conta as horas destes. Optamos por escolher aqueles que nos permitem chegar o mais cedo possível aos destinos para termos mais tempo para conhecer os locais. [Além de que, estes horários madrugadores são também mais baratos... se a distância entre um ponto e outro for considerável podes apostar numa viagem nocturna - são mais baratas e poupas uma noite em hotel.] À exceção do regresso a Lisboa, que tentamos ser o mais tarde possível. Assim consegues prolongar o passeio e evitar passar mais uma noite fora.

Por exemplo: para Budapeste, fomos num voo que saiu de Lisboa às 6:40 da manhã, todas as viagens de autocarro foram feitas antes das 8h a chegar aos destinos o mais tardar as 9h30/10h , o voo para Lisboa foi as 19h55.


_ Escolha de onde ficar_ 

O que pesquisamos: 
- utilizamos plataforma Booking;
- selecionamos a localização próxima do centro (distância no máximo 3kms);
- preço médio por noite que queremos gastar;
- e outros extras que para nós são relevantes ou não;
- temos em consideração a pontuação dada por quem já usou os serviços;
- depois é ter paciência e escolher o que mais se adequa às tuas exigências. 

Nós temos os ditos mínimos quando escolhemos onde ficar. Obviamente poderíamos escolher dormir em camaratas, e dividir casa de banho, etc e diabo a quatro 🤣🤦‍♀️ mas nós gostamos de ter a nossa privacidade, como tal, optamos sempre por um quarto com casa de banho privativa (mesmo que em hostel), o resto é acessório. 
Em 8 noites (3 noites em Budapeste, 3 noites na Bratislava, 2 noites em Viena), gastámos cerca de 143€ cada uma. Até agora não está nada mau pois não!?


_ O que visitar em cada destino_

Relacionado com o tempo em que ficamos em cada local, está também o chamariz cultural e a capacidade de preencher os nossos dias.
Pesquisamos sempre experiências no Pinterest, Instagram e em blogues de viagens de outras pessoas, em busca de sugestões e opiniões de por quem já lá passou, e tentamos perceber se é fazível no período sugerido ou se se faz mais rápido, e adaptamos ao que faz sentido para nós. 
Depois criamos um roteiro, com os principais locais de interesse; a história por detrás de cada um deles, os horários e os preços; com restaurantes sugeridos; e indicações de como ir (seja a pé ou info sobre a rede de transportes) caso os dados móveis não funcionem ou o telemóvel fique sem bateria.(Já aconteceu 😓😂)  
Ah! Nós quando caminhamos pelas cidades vamos sempre acompanhadas pelo bom e antigo mapa.
Como andamos sempre a pé (na nossa opinião, só consegues sentir a cidade se caminhares por ela, por isso raramente andamos de transportes) tentamos organizar, com a ajuda do google maps, um pré-pseudo-roteiro para sabermos o que fica perto do quê e de forma a rentabilizar o tempo e a sola dos ténis. Aquando da chegada ao destino e na posse do amigo mapa, dividimos o mesmo por zonas e por dias e traçamos a rota desejada. 

os nossos mapas rabiscados, rasgados e bem usados 😎


_Outras coisas que podem interessar_ 

- Procurar se há shuttles que liguem os aeroportos ao centro das cidades, e os preços dos mesmo - Hoje em dia raro é o aeroporto que não oferece esse serviço;
- Verificar qual a moeda do país, por exemplo Budapeste e Brno não utilizam €, como tal tivemos de procurar casas de câmbio;
- Relacionado com o ponto anterior. Nós levamos sempre envelopes com dinheiro destinado a gastar em cada cidade/ destino, de maneira a saber quanto iremos precisar, e se tivermos de cambiar o dinheiro, apenas o faremos com o dinheiro que precisamos, porque depois o câmbio inverso para euros ficamos sempre a perder dinheiro;
- Optamos por comprar comida nos supermercados por ser mais barato;
- Temos a tradição de almoçar/ jantar num restaurante local, pelo menos uma vez, de maneira a provar a gastronomia local.


Nos próximos posts iremos falar detalhadamente sobre o que vimos e fizemos. Fica atento/a!

E lembra-te: You just need two feet and a heart beat... you can go everywhere



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