A Bulgária ocupa uma parte da península dos Balcãs, e faz fronteira com 5 países (Roménia, Sérvia, Macedónia, Grécia e Turquia). A maior cidade, é a capital Sófia.
A cidade está localizada aos pés do maciço montanhoso Vitosha, e é o centro administrativo, cultural, económico e educativo do país.
É a terceira capital europeia mais antiga, remontando a sua história ao século VIII a.C., podendo ver-se vestígios da sua milenar história junto dos vários pontos turísticos da cidade.
Sabias que a bandeira da Bulgária é composta por três listas horizontais de proporções iguais. As cores por ordem, de cima para baixo, são o branco, o verde e o vermelho. As cores branca e vermelha estão associadas à bandeira russa, que foi utilizada durante a guerra russa-turca (1878). O verde substituiu o azul da bandeira russa porque a Bulgária se desenvolveu como um país agrícola após a proclamação da sua independência.
Quando ir?
A melhor altura para visitar o país vai depender da sua preferência. Se gosta de Invernos rigorosos e temperaturas fresquinhas (abaixo de zero!), pode visitar esta cidade nos meses de Dezembro/Janeiro, em que a temperatura pode chegar aos -15ºC. Por outro lado, se gosta de tempo quente e sol, esta também é uma boa escolha de cidade a visitar, uma vez que, durante o verão o sol aquece aquelas terras com temperaturas acima dos 30ºC.
Assim sendo, a melhor época para uma viagem à Bulgária serão os meses de Maio a Setembro, mas tenham em atenção que os meses de Julho e Agosto podem ser bastante quentes.
Como ir?
A visita a Sófia não estava nos planos, mas devido ao mau tempo durante os últimos dias de férias nas ilhas gregas, tivemos que alterar a nossa rota de regresso a Lisboa. E podemos dizer que "há males que vêm por bem", pois esta cidade foi uma boa surpresa...
Nós fizemos a ligação Atenas-Sófia pela companhia aérea grega Aegean. Sabemos que a viagem que liga as duas cidade pode custar cerca de 34 euros de avião. Já se partir de Lisboa a viagem fica mais cara. Porém, os custos na cidade serão muito acessíveis por isso pensamos que compensa o valor do voo. Por exemplo se quiser um voo direto de Lisboa para Sófia, pela TAP pode custar cerca de 300€ (ida), se não se importar de fazer escala o custo já baixa para metade.
Talvez penses que não justifica o custo da viagem, todavia sugerimos-te que escolhas dois ou três países próximos e aí incluas esta bela cidade, o custo fica menor e não te irás arrepender de passear pelos belos parques e jardins desta cidade milenar 😉
O que fazer?
Quando chegamos a Sófia, é muito fácil orientarmos-nos dentro do aeroporto. Eles têm linhas coloridas desenhadas no chão a indicar a direcção das três opções para ir do aeroporto de Sófia até ao centro: Metro, autocarro e táxi.
A estação de metro fica do lado esquerdo do aeroporto. O bilhete custa 1.60 lev (0.82€) e a viagem demora cerca de 20 minutos até Serdika. Como não estávamos a contar visitar Sófia, não houve nenhum roteiro ou sequer um plano de viagem... simplesmente fomos. De mochila às costas e mapa na mão, à descoberta de uma cidade cheia de história e monumentos imponentes.
o nosso percurso |
A cidade é relativamente pequena, por isso é possível caminhares de um ponto interesse para outro sem grandes dificuldades. Se preferires, é óbvio, que podes utilizar o metro. Aliás, nas paredes das carruagens tens o mapa e indicação da estação mais próxima de cada ponto turístico.
Se tiveres tempo e possibilidade, aproveita as Free Walking Tour.
Assim que chegamos a Serdica, deparamos-nos com a Estátua de Santa Sofia.
Esta estátua, construída em 2001 no cimo de um pilar bem no meio de um grande cruzamento, veio substituir o outrora monumento em homenagem a Vlademir Lenin. Há quem a considere demasiado erótica e pagã para ser considerada a Santa Sofia; E há quem diga que foi erguida em honra à Santa que deu nome à cidade. Esta está adornada com a coroa (símbolo de poder), uma grinalda (símbolo da fama) e uma coruja (símbolo de sabedoria).
A primeira impressão de Sófia, assim que saímos do metro, foi boa. Apesar dos muitos sem abrigo que se viam, as ruas pareciam organizadas e limpas. À primeira vista era uma cidade bonita e estávamos felizes com esta visita inesperada.
O primeiro ponto de interesse que tropeçou no nosso caminho foi a Catedral de Sveta Nedelya. Construída no final do séc. XIX, esta igreja ortodoxa foi alvo de frequentes danos no decorrer dos séculos, tendo sido destruída e reconstruída posteriormente. Em 1925 foi objeto de um atentado contra o Czar Boris III. A igreja ficou quase destruída, estima-se que tenham morrido cerca de 200 pessoas... mas o czar sobreviveu.
Encontrámos uma passagem que chamou a nossa atenção. Uma parede cheia de grafites que facilmente identificámos como sendo sátiras sociais.
Se passarmos esse túnel, vamos dar à Igreja de S. Jorge.
Esta igreja redonda de tijolos vermelhos, construída pelos romanos no séc. IV, é considerada um dos edifícios mais antigos de Sófia. Aqui é possível ver as ruínas da antiga cidade de Serdica.
Ao lado, encontramos o Museu Arqueológico Nacional, o mais antigo da Bulgária.
Continuando o nosso caminho, agora com o objectivo de ver pessoalmente a imponente catedral que o google nos mostra sempre que procuramos imagens sobre a cidade, passámos pela bonita e colorida Igreja Russa de São Nicolau.
Esta pérola russa de azulejos verdes e abóbadas douradas, foi construída por um diplomata russo entre 1912 e 1914.
Seguindo a estrada, chegamos à principal atração turística da cidade: A Catedral Ortodoxa de Alexandre Nevsky.
Dedicada ao Santo Alexandre Nevsky, foi erguida em homenagem aos soldados russos mortos em combate durante a guerra Russo-Turca, que libertaram a Bulgária do domínio otomano. Construída entre 1904 e 1912, esta catedral tem 45m de altura e ocupa 3170m2.
Depois de alguns momentos a tirar fotografias e contemplar a beleza e detalhes deste imponente e majestoso monumento, seguimos caminho até à Igreja de Santa Sofia, com o solene leão e o Monumento do Soldado Desconhecido.
Erigida no séc. IV, a Igreja de Santa Sofia é, nos dias de hoje, uma das mais valiosas peças da arquitectura paleocristã do sudeste europeu.
No exterior da igreja encontra-se o Monumento ao Soldado Desconhecido, uma homenagem aos soldados que perderam a vida durante a Primeira Guerra Mundial.
O leão, símbolo nacional, aparece como forma de guardião deste monumento.
Do outro lado da rua temos o Sínodo Sagrado, um dos órgãos reguladores da igreja ortodoxa búlgara. Este edifício não está aberto ao público mas a sua fachada merece ser apreciada.
Sófia tem tantos jardins que é impossível não querer conhecer alguns. Aproveitando os raios de sol que entravam por entre a ramagem das árvores, sentámos-nos num banco de jardim a apreciar as variadas estátuas cheias de história e as pessoas que passavam.
Continuando a saga dos jardins, decidimos ir até ao Jardim da Cidade (City Garden), e conhecer o Teatro Ivan Vazov.
O Teatro Nacional é o teatro mais antigo e importante da Bulgária. Construído com um estilo neoclassico por dois arquitetos austríacos, foi inaugurado em 1907.
A exuberante fachada de 40m, conta com 6 colunas de mármore decoradas com estátuas do Deus Apólo e das Musas.
A diferença que umas horas fazem na cidade, e em especial no City Garden é muita no que toca às pessoas. De manhã cedo, quando chegámos, foi dos primeiros sítios por onde passámos. Nessa altura, era um sitio escuro, cheio de sem-abrigos deitados nos bancos ou a mendigar pelo jardim. Parecia um sitio pouco seguro e pouco "digno" de ser o jardim principal da cidade.
Mas, à hora de almoço, o jardim ganhou vida como que por magia. A música ouvia-se ao longe e ao aproximares-te sentes a boa energia de uma divertida banda e pessoas comuns a dançar ao som dessa mesma música. Vêem-se famílias e grupos de amigos sentados na relva a fazer pic-nic. Vês recém casados a aproveitar a beleza do jardim para eternizar o dia numa fotografia. Os artistas sentados à beira da fonte a pintar telas nos seus cavaletes. Os idosos a jogar cartas e dominó nas mesas.
Deitadas na relva, ficámos a apreciar o sol de outono durante algumas horas. E valeu tanto a pena.
Onde comer?
Para dizer a verdade nós não experimentámos a gastronomia búlgara, porque da pesquisa que fizemos a cozinha deste povo é muito semelhante à cozinha grega, e como tínhamos saído da Grécia preferimos uma refeição mais low cost e conhecida - e para manter a nossa tradição de comer 1 vez fast food nos países que visitamos, só para conferir se o sabor se mantém fiel independentemente do país (ahahahah 😂 grande desculpa para podermos dar largas às gordices e comer um hambúrguer). Ainda em relação à refeição de fast food, de dizer que dois menus ficaram a apenas 9€, o que em comparação com a média europeia é muito abaixo daquilo que pagamos na maior parte dos países.
Para não quebrar a tradição, e inesperadamente, encontrámos as nossas "amigas" Bandidas do Pomar (que, segundo consta, é uma marca portuguesa), nas variedades da tradicional cidra de maçã e cereja. Estas duas meninas de 0,5l cada, custaram a módica quantia de 0,92 cêntimos (uni).
Estes são apenas dois exemplos de quão barato pode ser comer pelas ruas da cidade búlgara. Vai e explora a cidade, para e bebe algo, desfruta e deixa-te enamorar por esta pequena cidade dos balcãs.
E lembra-te: You just need two feet and a heart beat... you can go anywhere
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