2 dias em Florença


Itália, localizada no centro-sul da Europa, faz fronteira a norte com a França, Suiça, Áustria e Eslovénia. Junto à península itálica, temos a Sicília e a Sardenha, as duas maiores ilhas do mar Mediterrâneo. 
A história do país influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, na Europa e no mundo. Foi o berço de várias civilizações, assim como foi o lugar de nascimento de muitos artistas, cientistas, músicos, exploradores, entre outros, que ainda nos dias de hoje são referências.

Florença em português, Firenze em italiano ou Florentina em latim, é a maior cidade da região da Toscana.
Considerada como o berço do Renascimento italiano, e uma das mais belas cidades do mundo, foi governada pela família Médici desde o início do século XV até meados do séculos XVIII. 
Pela cidade podemos encontrar grandiosas obras de artistas do Renascimento, nomeadamente, Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael, Donatello, entre muitos outros.


Quando ir?

Como país mediterrânico que é, podemos afirmar que tal como em Portugal, qualquer altura é boa para visitar este país transalpino, basta saber aquilo que procuras aproveitar, se o calor e o sol, se o frio e a neve. Contudo, acreditamos que seja mais confortável, passear pelas ruas da cidade, sem a chuva e a lama a fazer-te companhia. De acordo com a nossa pesquisa a melhor época vai de Março a Junho, e de Setembro a Outubro, só fugimos ao mês de Agosto, porque está tanto calor que pode ser desconfortável, e te apeteça mais rapidamente ficar sentado/a numa esplanada a beber algo fresco do que a visitar esta bela cidade. A opção também é válida mas garantimos-te que te irias arrepender de não explorar todos os encantos de Florença. Nós fomos em Junho, o tempo estava ótimo para passear, conhecer as pessoas e as cores da cidade, e parar volta e meia para saborear os deliciosos gelados italianos.  


Como ir?

Nós fizemos a viagem de avião pela companhia aérea portuguesa TAP, com o voo a partir bem cedinho de Lisboa, o que nos permitiu ganhar esse dia de viagem.
Junho de 2018, foi o mês inaugural desta rota Lisboa - Florença com voo direto pela TAP. O custo de ida e volta para o mês de Junho foi de 235€ por pessoa, é uma rota cara mas se planeares tudo com tempo, cerca de 60 dias antes da data da tua viagem, fica acessível e garantimos-te que não te vais arrepender, vale cada cêntimo gasto.


O que fazer?

Se nos perguntarem se dois dias é suficiente para conhecer Florença, a nossa resposta será "sim" e "não". "SIM" porque Florença é uma cidade pequena e consegues facilmente palmilhar as suas ruas num dia apenas. Mas se o objectivo for visitar mil e um museus, parques e igrejas, então dois dias será o aconselhado... para não falar que, desta forma, consegues deliciar-te com mais um maravilhoso gelado.

Como nós gostamos mais de rua e de pessoas, do que de estátuas e obras-primas em museus, os nossos dois dias foram a vaguear pelas ruas e apreciar a beleza da arquitectura; ou beber qualquer coisa sentadas num banco ou lancil a observar as pessoas e a forma como se comportam. Sei que isto pode parecer-te estranho, mas para nós, uma boa viagem é aquela em que te consegues misturar com os locais (e em Florença fomos "confundidas" várias vezes como italianas). 


Do aeroporto podes apanhar um shuttle da Volainbus para o centro (autocarro leva-te até Santa Catarina de Siena - junto à estação de S.M.N (Santa Maria Novella)). A viagem demora cerca de 20-30 minutos e o bilhete custa 6€.

Florença é uma cidade bastante plana e pequena. Por isso, se tiveres o mesmo espírito que nós, não terás necessidade de gastar dinheiro em transportes (exceptuando o do shuttle de e para o aeroporto, claro!). Arranja um mapa e faz-te à pista!



Para nós, o ponto central de Florença foi, sem dúvida, a Piazza del Duomo. Neste caso, todos os caminhos vão dar à Duomo 😂



igualdade e paz em Florença 💓💙💚💛💜

Dá uma volta à praça. Deixa-te levar pela obra de arte que é esta catedral. A sua magnitude e beleza merecem a tua atenção. Tens alguns restaurantes na praça, mas não aconselhamos porque, para além de serem extremamente caros, tens que pagar para te sentares na esplanada. 

Esta catedral é das maiores igrejas cristãs do mundo. A sua construção começou em 1296 e terminou em 1378. A sua beleza começa no exterior com a sua preciosa fachada em mármore branco. Esta  catedral tem 60 metros de longitude e 43 metros de largura. A sua cúpula, de 45 metros de diâmetro e 114 metros de altura, foi construída pelo arquiteto florentino Filippo Brunelleschi quase um século depois do término da catedral e demorou 14 anos a ser feita.
O interior da cúpula foi pintada entre 1568 e 1579 por Giogio Vasair e Frederico Zuccari e essas obras representam o Juizo Final.
O bilhete custa 18€ e inclui a catedral, a cúpula, o batistério, a cripta, o campanário e o Museu da Ópera do Duomo. (Neste site tens a informação sobre bilhetes e horários)

A cerca de 1km do Duomo, encontras a Igreja Santa Croce.


A Basílica de Santa Cruz é a principal igreja franciscana em Florença. Está situada na Piazza di Santa Croce e é o lugar onde estão enterrados algumas das mais ilustres figuras italianas da história, tais como Michelângelo, Galileo Galilei e Maquiavel. Por esta razão, esta igreja é apelidada de Panteão das Glórias Italianas.
A sua construção começou em 1294 e possui 115 metros de comprimento e 38 metros de largura.
O bilhete para visitar o interior da igreja, apreciar algumas das obras e ver as cerca de 300 lápides com datas entre os séculos XIV e XIX, custa 8€.

Caminhando mais 1 km, chegamos à Piazza della Repubblica. Com um formato retangular e um imponente arco, esta praça fica exactamente no centro da cidade. Durante o império romano, sediava o mercado medieval. O Arco da Abundância foi criado por Giovanni Battista Foggini para separar duas das principais ruas do império romano.
Actualmente esta praça tem o carrossel mais famoso da cidade e é o sitio preferido dos artistas de rua.


A 280 metros da Praça da República, encontramos a Piazza della signoria:


Se considerarmos a Piazza del Duomo como o centro religioso de Florença, podemos afirmar que a Piazza della Signoria é o centro do poder civil da cidade.

Esta é considerada a praça mais importante de Florença (e, provavelmente, o sitio onde vimos mais pessoas). Nesta praça podemos encontrar vários monumentos com diversas esculturas.

Réplica de David de Michelangelo, à entrada do Palazzo Vecchio


Perseu com a cabeça da Medusa, no Logia dei Lanzi (um pequeno museu ao ar livre)

Estátua equestre de Cosme I, 1594

Depois de um gelado numa das melhores gelatarias de sempre (da qual falaremos mais à frente), a 240 metros da Praça da Senhoria, está a famosa Ponte Vecchio.






Com as suas lojas e casas suspensas, para além de mundialmente famosa, esta ponte é a mais antiga ponte de pedra da Europa. Construída em 1345, a Ponte Vecchio era originalmente ocupada por talhantes. Mas quando a corte se mudou para o Palácio Pitti, Fernando I mando fechar o comercio devido ao cheiro desagradável. Desde então, as lojas foram ocupadas por joalheiros e ourives.
Este foi o sitio com mais gente que encontrámos na cidade. Milhares de pessoas a admirar vitrinas cheias de jóias. 

Nós concentramos a nossa ida a Florença na parte norte da cidade. Contudo há um sitio a sul que merece ser visitado e que, se um dia lá voltarmos, iremos com toda a certeza: Piazzale Michelangelo. Este Miradouro é um dos melhores spots para contemplar a cidade. Se tiveres oportunidade, vê o pôr-do-sol daqui.


Onde comer?

La bella Italia!!!

É difícil dizer onde comer, porque tudo tem um ar tão apetitoso que, efetivamente, os olhos comiam sempre primeiro que a boca, e os cheiros dos queijos, órgeãos, tomate,..., ficam tão entranhados nos teus sentidos que é difícil resistir a tamanho pecado gastronómico.
Apresentamos apenas aqueles a que fomos, mas amigos nossos, que também já visitaram a cidade, foram a outros espaços e também eles vêem a dizer mil maravilhas das comidinhas italianas.

Numa das nossas caminhadas para o hotel, passamos por uma rua cheia de pessoas, sentadas no chão, a conversar, a beber um copo de vinho e a petiscar uma coisa ou outra, achámos maravilhosa a forma descontraída como as pessoas se juntavam ali depois do trabalho para trocar dois dedos de conversa. Aquele ambiente cativou-nos e no dia seguinte quisemos também nós parar e por ali comer qualquer coisa. Por entre as várias ofertas, escolhemos o Che ti Garba, uma pizaria de aspeto simples e acolhedor e com esplanada na rua, tudo aquilo que gostamos 😋
Escolhemos a tradicional pizza, porque ir a Itália e não comer um dos seus maiores atrativos gastronómicos quase que seria um crime nacional, kkkkkk 
Enquanto esperávamos o prato principal, os funcionários trouxeram um espumante de boas vindas e umas batatas fritas caseiras para abrir o apetite... valeu realmente a espera, a pizza estava divinal, massa estaladiça, queijo a fervilhar, cheiro a óregãos, uhmmm, mamma mia!!!! Este pequeno prazer italiano foi regado com um vinho rosé da casa... E "prontos"! Foi isto... para saberem mais têm de lá ir e tirar as vossas próprias conclusões 😉 




Ir a Florença e não comer um gelato (não é um erro! Foi só para dar uso ao google tradutor), é como ir a Roma e não ver o papa! 
Há muita oferta, de todos os tamanhos, feitios, sabores e cores, mas se queres experimentar o verdadeiro e original gelado italiano tens de fazer uma paragem na La Carraia. Mas olha, vai com tempo e de barriga vazia porque vais querer provar um de cada. O sabor é autêntico, e faz jus à descrição que lhe fazem, se é de cheesecake de limão, vais poder, em cada dentada, fechar os olhos e acreditar que estás a comer um verdadeiro cheesecake, e olha que nós falamos com conhecimento de causa... provámos alguns sabores e todos eles sabiam exatamente ao que os descrevia. 
Sabem o que lamentamos?! Não termos tido tempo de provar ainda mais sabores, porque são realmente diliciozo!!!





Onde ficar?

Nós ficámos no Hotel Grifone Firenze ****, localizado a 2,5 kms do centro da cidade. Pode parecer longe, mas com uma breve caminhada nem damos pela distância. Podes pensar que se ficares hospedado/a no centro estás mais próximo da vida da cidade, mas garantimos-te que todas as ruas estão sempre cheias de pessoas, e a qualquer esquina podes encontrar monumentos e coisas por descobrir... sem esquecer que os hotéis no centro  são consideravelmente mais caros. 
Se o teu receio passar por andar à noite pela cidade e sentires insegurança, nós não sentimos em momento algum esse receio, aliás, qualquer rua por onde passes estará sempre cheia de luz, cor e pessoas...
O quarto de hotel era espaçoso, estava limpo e arrumado, e oferecia produtos de higiene pessoal. Nós optámos por incluir o pequeno-almoço, porque é algo que valorizamos. É mediano, e sem muita variedade... além de que, sentimos que, quando chegava às 9 horas a comida já não era reposta e tens de te contentar com o que ainda há, e foi deixado pelos outros. Foi o único senão neste hotel.


E lembra-te: You just need two feet and a heart beat... you can go anywhere

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